Tarik Michel Nassif1,*; Frederico Guilherme Lopes Silveira1; Leonardo Fiorilli Assunção1; Eliane Regina Bueno Ribeiro Garcia1; Valdemar Mano Sanches1
Introdução: A abdominoplastia é uma das cirurgias estéticas mais realizadas no Brasil. As
complicações deste procedimento são diversas, sendo o seroma uma das mais
frequentes. O objetivo do trabalho é identificar fatores de risco para
formação de seroma tais como: índice de massa corporal (IMC), comorbidades,
idade, hábitos e tempo de permanência de dreno.
Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo com revisão de 94 prontuários de
pacientes submetidos à abdominoplastia clássica no Serviço de Cirurgia
Plástica e Queimados da Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio
Preto-SP, entre novembro de 2010 e novembro de 2013. Os fatores de risco
para formação do seroma foram analisados utilizando-se o teste exato de
Fisher ou Qui-quadrado. Considerou-se como resultado estatisticamente
significativo o valor de p < 0,05.
Resultados: O seroma foi identificado em 16 pacientes (17,02%) do total da amostra (n =
94). Não se observou significância estatística ao relacionar a elevação na
incidência de seroma com o aumento do IMC, assim como os demais fatores de
risco analisados. Houve relevância clínica quanto ao tempo de permanência do
dreno. Pacientes que mantiveram o dreno por um período maior que um dia
tiveram incidência menor de seroma.
Conclusão: A formação do seroma deve ser considerada uma causa multifatorial. Os fatores
de risco analisados não demonstraram estatisticamente aumento na incidência
de seroma. Todavia, a permanência do dreno de sucção por um período maior
que um dia demonstrou ser eficaz na prevenção do seroma.