Rodolfo Chedid1,2*; Celso EDUARDO Jandre Boechat1,2; Fernando Serra Guimarães1,3
Introdução: A ptose palpebral é uma afecção comum na prática clínica na qual uma perfeita
avaliação torna-se mandatória. Definimos ptose quando a margem palpebral
encontra-se abaixo de 2 mm da junção corneoescleral e pode ser classificada
em leve, moderada e grave. Existem inúmeras técnicas de reparo e a escolha
dependerá da classificação da função do músculo levantador.
Métodos: Foram analisados de forma prospectiva, no período de março de 2013 a maio de
2015, quatorze (n = 14) pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de
ptose palpebral moderada e grave (n = 21). Inúmeros fatores foram estudados,
tais como grau de ptose e função do músculo elevador da pálpebra, tipo de
técnica de reparo, complicações imediatas e tardias, etc.
Resultados: Quatorze pacientes foram opera-dos, totalizando 21 pálpebras, sendo que, 85%
foram de etiologia adquirida e 15% congênita. Com relação ao grau de ptose,
64,3% (n = 9) foram moderadas e 35,7% (n = 5) graves. No que tange à função
do músculo levantador, encontramos função boa 28,5% (n = 4), moderada 28,5%
(n = 4) e pobre 43% (n = 6). Em relação às com-plicações, 2 casos de
hiperemia conjutival e um caso de edema. Obtivemos um alto índice de
satisfação com 85,7% (n = 12), com baixas taxas de complicações.
Conclusão: A ptose palpebral é uma enfer-midade comum na prática clínica e exige por
parte do cirurgião um perfeito conhecimento anatômico da delicada estrutura
palpebral e também de sua fisiopatologia. Uma perfeita avaliação desse
paciente torna-se mandatória para o emprego do tratamento mais adequado.