ALEKSANDRA MARKOVIC1,2,*; SALUSTIANO GOMES DE PINHO PESSOA2
Introdução: Mesmo com os avanços das cirurgias conservadoras, a mastectomia ainda é uma
cirurgia bastante realizada. Todavia, muitas pacientes não conseguem
submeter-se à reconstrução imediata, passando a integrar uma crescente fila
à espera da cirurgia reparadora. Com o intuito de diminuir tal demanda,
foram criados os programas de mutirão cirúrgicos. O objetivo deste trabalho
é analisar os resultados referentes ao 2º Mutirão Nacional de Reconstrução
Mamária (MNRC), realizado no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital
Universitário Walter Cantídio (SCPMR-HUWC).
Método: Estudo de coorte prospectiva, no qual foram avaliadas as 16 pacientes
submetidas à reconstrução mamária no 2º MNRM no SCPMR-HUWC. As pacientes
foram acompanhadas pelo período de 6 meses e os dados obtidos foram
tabelados e analisados.
Resultados: 16 pacientes, todas mulheres, foram submetidas à reconstrução mamária
pós-mastectomia. A idade variou entre 39 e 72 anos, com média de 49 anos.
Dentre as complicações precoces, foram observados seroma em região dorsal
(13%), necrose parcial da pele da mastectomia (6%), deiscência parcial da
ferida operatória (13%) necrose do retalho de grande dorsal (6%). Nenhuma
das pacientes apresentou complicações tardias. O período de internação
variou de 1 a 5 dias. Todas as pacientes que estavam na fila do SCPMR-HUWC
de cirurgia foram operadas.
Conclusões: Foi verificado alto grau de satisfação por parte das pacientes operadas e
bons resultados obtidos, com poucas repercussões funcionais. Assim,
concluímos que os mutirões de reconstrução mamária pós-mastectomia são uma
alternativa viável em termos de saúde pública.