SIMONE CORRÊA ROSA1,2; JEFFERSON LESSA SOARES DE MACEDO1,3,*; FLÁVIO GONDIM FREITAS1,4; JOÃO LUIZ DARQUES FERREIRA1,4; LUCAS RIBEIRO CANEDO3; LUIZ AUGUSTO CASULARI2,5
Introdução: Os pacientes submetidos à gastroplastia apresentam importante perda de peso e
a cirurgia plástica representa um importante meio de tratamento do excesso
de pele.
Método: Estudo prospectivo foi realizado em pacientes submetidos à abdominoplastia
pós-gastroplastia no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2016 em
hospital público. As variáveis analisadas foram: IMC (Índice de Massa
Corporal) antes da gastroplastia e antes da cirurgia plástica, perda de
peso, peso do retalho retirado, comorbidades e complicações.
Resultados: 107 pacientes que realizaram abdominoplastia foram incluídos. Média de idade
foi 41 anos. O IMC médio antes da cirurgia plástica foi 27,6 ± 3,7
Kg/m2. Perda de peso médio foi 47,7 ± 17,3 Kg. O IMC máximo
antes da gastroplastia foi 45,5 ± 7,5 Kg/m2 e o IMC foi 18,6 ±
9,3 Kg/m2. Comorbidades presentes antes da plástica foram:
hipertensão arterial (11,1%), artropatia (4,6%), diabete melito (5,6%) e
síndrome metabólica (5,6%). Catorze (13,1%) pacientes realizaram
herniorrafia durante a abdominoplastia. A taxa de complicações foi 31,5%. O
peso antes da gastroplastia, IMC antes da gastroplastia, perda de peso
médio, comorbidades, peso do retalho do abdome e IMC > 20Kg/m2
foram fatores associados significativamente a complicações
pós-operatórias.
Conclusões: A gastroplastia em Y de Roux foi uma terapêutica efetiva na resolução de
comorbidades em obesos. Comorbidades, peso antes da gastroplastia, perda de
peso médio, quantidade de tecido retirado do abdome e IMC >
20Kg/m2 levaram significativamente a mais complicações em
pacientes pós-bariátricos submetidos à abdominoplastia. A cirurgia plástica
é importante no cuidado integral ao paciente obeso e otimizou os resultados
alcançados com a cirurgia bariátrica.